quinta-feira, novembro 16, 2006

Do fundo do baú!!!

1997

Amo-te , adoro-te , choro por ti
Quando olho as nuvens
elas fazem-me lembrar
teu corpo voando no nosso leito.
Não esquecerei noites
teus cabelos brilhando , desafiando a lua.
Nos teus olhos o sabor de vencer a noite,
sentir-se clara na escuridão ,
sentir-se mais na negação.
Nos teus labios nasce o mar
que eu procuro em toda as estações,
nas nossas mortes formam-se iões
que combatem reagem,
fazem do nosso amor uma central atomica,
uma linha de salvação , ou , eterna destruição.
Preocuro-te no deserto
pois estou certo
de juntar-te , grão a grão
pura transparente , como um calice de cristal
bela , fatal.
Torno-me um lobo
procurando a presa
uivo pelos montes , cantando a tristeza
de tanto querer-te,
pergunto ao vento
se pode levar meu tormento,
para londe do meu esquecimento
pois de tanto te amar
quebrei o meu coração
com tanta , tanta paixão.